30 de abril de 2010

PARTIDO POLÍTICO:PARTIDO REVOLUCIONÁRIO DO PROLETARIADO BASES PELA REVOLUÇÃO: BRIGADAS REVOLUCIONÁRIAS:BR

PARTIDO REVOLUCIONÁRIO DO PROLETARIADO BASES PELA REVOLUÇÃO
BR – As Brigadas Revolucionárias eram uma organização clandestina de esquerda, do tipo guevarista, que preconizava a acção armada como forma de luta contra o regime fascista e o aparelho militar colonial, a qual procurava «pela prática, a criação duma alternativa revolucionária».
Surgiram em Setembro de 1970, com o apoio formal dos núcleos de militantes duma facção da Frente Patriótica de Libertação Nacional, sedeada na Argélia, englobando também dissidentes do PCP e alguns sectores de católicos progressistas.
O primeiro grupo operacional teria sido simbolicamente fundado no Barreiro, já que a organização tinha como objectivo a «revolução socialista».
A sua primeira acção foi o ataque às instalações da base militar da NATO na Fonte da Telha, a 7 de Novembro de 1971, apresentado em comunicado como um acto de «solidariedade entre o povo português e os povos das colónias».
A este seguiram-se a destruição de uma bateria de canhões em Santo António da Charneca (Novembro de 1971), atentados contra o abastecimento da rede eléctrica de alta tensão a Lisboa (Maio de 1972), destruição de 11 camiões do Exército Português (Julho de 1972), sabotagem das instalações da Marconi (Setembro de 1972), assalto aos Serviços Cartográficos do Exército (Dezembro de 1972), ataque a instalações militares (Distrito de Recrutamento Militar de Lisboa, Quartel-Mestre General do Exército, Quartel-General da Região Militar do Porto, 1973), ataque com explosivos contra o Ministério das Corporações (Maio de 1973), ataque à sede do Movimento Nacional Feminino (1973), rebentamento de um engenho explosivo no Quartel-General do Exército em Bissau (Fevereiro de 1974), etc.
Pelo seu organigrama funcional, estruturado em pequenas brigadas autónomas clandestinas, foi das organizações revolucionárias empenhadas na luta armada contra o regime (LUAR, ARA, BR), a que melhor resistiu à repressão e infiltração da PIDE.
A partir de 1973 passou a estar associado, ideológica e organicamente, ao recém-formado Partido Revolucionário do Proletariado.
Carlos Antunes, antigo militante do PCP e da FPLN, dirigia o aparelho clandestino operacional usando o nome de clandestinidade de “André Sérgio”, enquanto Isabel do Carmo liderava o aparelho logístico das BR. Foram seus destacados militantes, entre outros, Manuel Dias Ramos e António Santana Alho.
Setembro de 1970-Carlos Antunes e Isabel do Carmo-Cisão da FPLN

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