36 anos da Revolução dos Cravos com Valério Arcary
Valério Arcary é historiador e dirigente do PSTU, e vivia em Portugal quando a Revolução dos Cravos derrubou o ditador Salazar
Portugal, Lisboa. Revolução de 25 de Abril de 1974
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25 de abril de 2010
CAPITÃES DE ABRIL
Título original: Capitães de Abril
Realizador: Maria de Medeiros
Actores: Stefano Accorsi, Maria de Medeiros, Joaquim de Almeida, Manuel Frédéric Pierrot.
Origem: Portugal
Ano: 2000
Duração: 140 minutos
Idade: M/12
Maria de Medeiros escolhe para a sua estreia na realização uma história de peso. O filme acompanha as 24 horas que mudaram Portugal entre os dias 24 e 25 de Abril de 1974, e centra-se na figura do capitão Salgueiro Maia, que parte da Escola Prática de Cavalaria em Santarém para Lisboa para ocupar o Terreiro do Paço e forçar a rendição do governo. Os acontecimentos são apresentados ao espectador pelos olhos de uma criança (Maria de Medeiros à data). Embora o filme não pretenda ser uma lição de história, pois mistura personagens reais com outros fictícios, e há toda uma história pessoal que atravessa a história dos acontecimentos político-militares, recria eficazmente a atmosfera da época e permite aos alunos conhecerem "ao vivo" algumas das figuras mais importantes do processo revolucionário português.
Capitaes de abril Filme 1/15
As brumas do futuro, de Capitães de abril de Maria de Medeiros, por Madredeus
Cançao do Filme Capitães de Abril de Maria de Medeiros, compositor Antonio Victorino D'Almeida, letra Pedro Ayres de Magalhães, interpretada por Teresa Salgueiro e Madredeus. Clip de João Pedro Ruivo.

Actores: Stefano Accorsi, Maria de Medeiros, Joaquim de Almeida, Manuel Frédéric Pierrot.
Origem: Portugal
Ano: 2000
Duração: 140 minutos
Idade: M/12
Maria de Medeiros escolhe para a sua estreia na realização uma história de peso. O filme acompanha as 24 horas que mudaram Portugal entre os dias 24 e 25 de Abril de 1974, e centra-se na figura do capitão Salgueiro Maia, que parte da Escola Prática de Cavalaria em Santarém para Lisboa para ocupar o Terreiro do Paço e forçar a rendição do governo. Os acontecimentos são apresentados ao espectador pelos olhos de uma criança (Maria de Medeiros à data). Embora o filme não pretenda ser uma lição de história, pois mistura personagens reais com outros fictícios, e há toda uma história pessoal que atravessa a história dos acontecimentos político-militares, recria eficazmente a atmosfera da época e permite aos alunos conhecerem "ao vivo" algumas das figuras mais importantes do processo revolucionário português.
Capitaes de abril Filme 1/15
As brumas do futuro, de Capitães de abril de Maria de Medeiros, por Madredeus
Cançao do Filme Capitães de Abril de Maria de Medeiros, compositor Antonio Victorino D'Almeida, letra Pedro Ayres de Magalhães, interpretada por Teresa Salgueiro e Madredeus. Clip de João Pedro Ruivo.
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PORTUGAL
TARRAFAL: CAMPO DE CONCENTRAÇÃO PORTUGUÊS
O CAMPO DA MORTE LENTA
Os apregoados brandos costumes foram, entre nós, uma máscara que ocultava uma realidade de violência e de repressão.
Durante quase meio século, milhares de homens e mulheres sofreram na sua dignidade a prisão, a tortura, a deportação e o exílio.
O campo de concentração do Tarrafal, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, permanece o símbolo dessa ignomínia, entre tantos outros locais em que a liberdade e, muitas vezes, a própria vida, foram arrancadas aos homens e mulheres que se bateram por um futuro melhor.
Campo da morte lenta, aí estiveram encarcerados, entre 1936 e 1954, 357 anti-fascistas, na sua maioria portugueses e, depois da sua reabertura em 1961, aí estiveram aprisionados 227 nacionalistas das ex-colónias de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
No campo de concentração do Tarrafal, morreram 36 companheiros, além dos que vieram a sofrer toda a vida das enfermidades lá contraídas.
Coonstruído de acordo com os ensinamentos dos campos de concentração da Itália fascista e da Alemanha nazi, o Tarrafal resultou de uma ordem directa do ditador Salazar e sempre funcionou na dependência da polícia política, a PVDE/PIDE/DGS.
Hoje, quando se assiste ao negacionismo dos crimes cometidos por esse regime e pelos seus dirigentes e executores, importa recordar o que foi esse local de aniquilamento de tantos patriotas, prestando homenagem aos que aí tombaram.
Memórias do Campo da Morte Lenta
Chamavam-lhe "o Campo da Morte Lenta". Os críticos, naturalmente. Que as autoridades, essas, chamaram-lhe primeiro, entre 1936 e 1954, quando os presos eram portugueses, "Colónia Penal de Cabo Verde" e, depois, quando reabriu em 1961 para nele serem internados os militantes anticolonialistas de Angola, Cabo Verde e Guiné, "Campo de Trabalho de Chão Bom".
Trinta e dois portugueses, dois angolanos, dois guineenses perderam ali a vida. Outros morreram já depois de libertados, mas ainda em consequência do que ali tinham passado. Famílias houve que, sem nada saberem do destino dos presos, os deram como mortos e chegaram a celebrar cerimónias funebres.
"Ali é só deixar de pensar. Porque, se não, morre aqui de pensamentos. É só deixar, pronto. Os que têm vida ficam com vida. Nós aqui estamos já quase mortos." A frase é do angolano Joel Pessoa, preso em 1969 e libertado, com todos os outros presos do campo, em 1 de Maio de 1974.
Trailer - Tarrafal - um Campo em Morte Lenta
Os apregoados brandos costumes foram, entre nós, uma máscara que ocultava uma realidade de violência e de repressão.
Durante quase meio século, milhares de homens e mulheres sofreram na sua dignidade a prisão, a tortura, a deportação e o exílio.
O campo de concentração do Tarrafal, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, permanece o símbolo dessa ignomínia, entre tantos outros locais em que a liberdade e, muitas vezes, a própria vida, foram arrancadas aos homens e mulheres que se bateram por um futuro melhor.
Campo da morte lenta, aí estiveram encarcerados, entre 1936 e 1954, 357 anti-fascistas, na sua maioria portugueses e, depois da sua reabertura em 1961, aí estiveram aprisionados 227 nacionalistas das ex-colónias de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
No campo de concentração do Tarrafal, morreram 36 companheiros, além dos que vieram a sofrer toda a vida das enfermidades lá contraídas.
Coonstruído de acordo com os ensinamentos dos campos de concentração da Itália fascista e da Alemanha nazi, o Tarrafal resultou de uma ordem directa do ditador Salazar e sempre funcionou na dependência da polícia política, a PVDE/PIDE/DGS.
Hoje, quando se assiste ao negacionismo dos crimes cometidos por esse regime e pelos seus dirigentes e executores, importa recordar o que foi esse local de aniquilamento de tantos patriotas, prestando homenagem aos que aí tombaram.
Memórias do Campo da Morte Lenta
Chamavam-lhe "o Campo da Morte Lenta". Os críticos, naturalmente. Que as autoridades, essas, chamaram-lhe primeiro, entre 1936 e 1954, quando os presos eram portugueses, "Colónia Penal de Cabo Verde" e, depois, quando reabriu em 1961 para nele serem internados os militantes anticolonialistas de Angola, Cabo Verde e Guiné, "Campo de Trabalho de Chão Bom".
Trinta e dois portugueses, dois angolanos, dois guineenses perderam ali a vida. Outros morreram já depois de libertados, mas ainda em consequência do que ali tinham passado. Famílias houve que, sem nada saberem do destino dos presos, os deram como mortos e chegaram a celebrar cerimónias funebres.
"Ali é só deixar de pensar. Porque, se não, morre aqui de pensamentos. É só deixar, pronto. Os que têm vida ficam com vida. Nós aqui estamos já quase mortos." A frase é do angolano Joel Pessoa, preso em 1969 e libertado, com todos os outros presos do campo, em 1 de Maio de 1974.
Trailer - Tarrafal - um Campo em Morte Lenta
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OLÁ E ABRIL SEMPRE
Bem-vindos à blogosfera. Este blogue é uma espécie de livro de memórias dum tempo inesquecível e belo. Espero que seja um blogue interessante e de ajuda a todos os cidadãos que defendem a liberdade.
Revolucao dos Cravos - Grandola, Vila Morena
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